quinta-feira, 1 de outubro de 2009

O ronco distante do trovão é anúncio de que o verão vai ser à vera. Saio do café na Ouvidor e desço até a Rio Branco. Desce do táxi e, a minha frente, gingando como se dançasse, feito Jeanne Moreau deu a dica, a ruiva e seu – tive de contar, uma, duas, para ter certeza – par de coxas fazem o tempo dar uma parada, como queria aquela personagem do bardo da Avon. A única dúvida: vai entrar na Buenos Aires 44 ou na Rosário 65? Sigo o seu gingado que nem um lateral o do Mané. Ela entra, o drible fatal: aprendo o caminho do gol. Pego o atalho da Quitanda, me acenam de dentro do boteco. Sede é hábito e hábito se cura com caipirinha. Menos que cidade, o Rio é uma hipótese.

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