domingo, 19 de junho de 2011

EU E O OUTRO

Penduro-me ao pau seco e rijo do itu. Paupérie aheróica de modernidade que mal me cabe. Monstros abissais de plástico, decalques de itororós multicor. Obeso, oblongo, em juvenil galhardice não vejo nem falo. Ao outro, falta-lhe retórica, sobra-lhe torso. Intuo asco, lodo e ladrilhos alvíssimos. Um ogro contra Ogum. Púbis de borracha, séquito cor de roça em papel crepom. No entanto, ele partiu: metade nasceu de novo, ressureição de ossos; a outra, incólume, colosso, calcificado fóssil.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

PRODIGAL

insano e insone
igual tetéia
tateio o sono
nem um alarde
a dona eu dano
a que me guarda
alguma idéia