quarta-feira, 19 de agosto de 2009

blá blá blá


A palavra feito linha em Cézanne, que súbito torna-se volume. Como o alquimista hamburguês, no meio dos dezessete, em busca de ouro, meio por acidente – mas sabedor de que quem desloca, recebe – encontrasse o fósforo, menos nobre sem dúvida, no entanto tão útil. E quem a usa como se trouxesse o número oito às costas e chamasse para si a responsabilidade de mudar o resultado do jogo, lançasse, marcasse, fizesse – unhas, tripas, coração – o gol. Palavra é osso, duro de roer, a ser devorado, degustado a um só tempo com requinte de gourmet e voracidade de canibal. Aquém do humano constituído, e muito além.

Nenhum comentário:

Postar um comentário