quarta-feira, 9 de setembro de 2009

O dia começa às seis. Às seis, dizia Júlio Carlos, fartam as belas. A boutade me disse no Leme. Hoje longe como tudo. Na saída da Alliance: às seis fartam as belas. O Professor Durval nunca entendeu Duvivier afora o blablablá em que o envolvíamos. Sartre ao escrever, escrever, escrever sobre Flaubert queria matar a palavra. Júlio Carlos queria matar o Professor Durval. No início da Gustavo Sampaio deixei um entregue ao outro. Cláudia, minutos depois, perguntava se eu tinha ouvido os tiros. O verde dos olhos de Cláudia nunca me permitiram ouvir nada. Um verde definitivamente contrário a sinestesias. Soube mais tarde pelos jornais. Agora são seis no Leme. Vejo as horas como quem lembra. E, de um jeito que não ouso entender, ouço os tiros. Seis.

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